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Carta assinada pelo Marechal Rondon (1925)

Carta assinada pelo Marechal Rondon (1925)

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Do seu quartel-general na Argentina, o futuro Marechal Rondon, encomenda toneladas de mercadorias para um destino misterioso.

Telegrama do General Rondon para Paulo Demoro, cônsul do Brasil na cidade de Posadas, da província de Missiones, na Argentina. Uma página. 22 cm x 22.5 cm. Em português e espanhol. Guarapuava (Paraná), 15 de Abril de 1925. Estado médio, algumas marcas de dedos, uma dobradura no meio. Documento único.

...) preciso sejam adquiridos desde ja dois mil kilos arroz, dois mil kilos assucar,quinhentos kilos banha seiscentos kilos cafe tres mil kilos carne secca seiscentos kilos cebolas dois mil kilos feijao tres mil kilos farinha quinhentos kilos sal dozentos kilos sabao seiscentos litros vinagre… Cinco mil kilos alfafa cem mil cigarros sete mil caixas phosphoros e dois mil kilos bolachas e indicarei oportunamente porto destino mas peco dizer quando poderei dispor esses viveres. Gal Rondon

Nascido em 1865, no estado de Mato Grosso, o homem que entraria para a história como pacificador e grande defensor dos índios brasileiros, iniciou sua carreira militar aos dezesseis anos, como simples soldado. Cândido Rondon (1865-1958), no entanto, não deve seu sucesso a nenhuma façanha bélica. Durante meio século frutificou em seu país, uma revolução baseada em uma única palavra de ordem: "Morrer se for preciso, matar nunca!".

Em 1890, após deixar a Academia Militar onde lecionava como professor de matemática, Rondon havia embarcado na construção de uma linha telegráfica, ligando a costa leste à fronteira oeste do Brasil. À frente de um punhado de oficiais e soldados inteiramente dedicados à sua pessoa, ele conseguiu cumprir sua tarefa de exploração e construção no coração da selva hostil do Mato Grosso, além de ter lidado com os índios, até então objeto de um quase massacre sistemático, de forma pacífica.

Em 1910, graças à intervenção de Rondon, o governo brasileiro criou o serviço de proteção ao índio, e o confiou à sua direção. Tendo ele próprio sangue indígena nas veias, Rondon, fiel discípulo de Augusto Comte, jurou servir à causa dos índios e também “à causa da humanidade onde e quando pudesse”. Ele manteve a sua palavra. 

Rondon, que recomendava aos índios uma adaptação gradual aos modos de vida modernos, buscava sobretudo salvaguardar aquilo sem o qual os povos "primitivos" muitas vezes perdiam o gosto pela vida: suas tradições, e sua organização social e religiosa. Ele nunca interveio em disputas entre tribos rivais, exceto quando era solicitado, sabendo que ficar do lado de uma ou de outra, era perder sua confiança.

Desde 1919, Rondon trabalhava na cartografia de Mato Grosso. Durante esse tempo, ele descobriu rios e fez contato com certas tribos indígenas. Foi nomeado chefe do corpo de engenheiros no Brasil e foi designado para o cargo de chefe da Comissão Telegráfica. 

Justamente nesse telegrama de 1925, Rondon encomenda grandes quantidades de alimentos - e muitos cigarros e fósforos! - da Argentina, perto da fronteira com o Brasil e o Paraguai, sem explicar o destino e nem o motivo deste pedido.

Theodore Roosevelt, que participou com Rondon na expedição científica de 1913-1914, afirmou: “ele é um oficial valente, um verdadeiro cavalheiro, um explorador intrépido".

Na verdade, Rondon foi mais do que isso. Os serviços por ele instalados nas regiões centro e norte do Brasil, visavam proteger os índios contra a fome e a miséria, a exploração dos brancos, e as doenças trazidas pela chegada dos "estranhos". Há quase 100 anos, foi um dos primeiros ambientalistas do Brasil e do mundo.

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