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Telegrama anunciando o atentado contra Dom Pedro II (1889)

Telegrama anunciando o atentado contra Dom Pedro II (1889)

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Em julho de 1889, Dom Pedro II sofreu uma tentativa de assassinato.

Telegrama manuscrito do Presidente da Provincia ao Conselho. Uma página. 22cm x 29.5cm. Em português. Ouro Preto, 16 de julho de 1889. Estado médio, alguns desgates nas bordas. Peça única.

16 de julho de 1889
Estação Deslins

Ao Presidente da Província
Consta Remessa Telegrammas 
assutadores atentado Imperador
Houve apenas tiro disparado
por estrangeiro preso. Manifesta-
ções calorosas Imperador Cida-
de tranquilla

Ouro Preto Presiden
te ao Conselho

Uma palavra sobre a Estação Deslins Telegraphos: foi uma estação telegráfica que existiu no Brasil durante o período imperial. Ficava localizada na Rua do Ouvidor, no centro do Rio de Janeiro, e foi batizada com o nome de seu diretor, o engenheiro Deslins.

Na época, o telégrafo era um importante meio de comunicação, permitindo a transmissão rápida de mensagens à distância. A Estação Deslins Telegraphos fazia parte da rede telegráfica que interligava diversas cidades brasileiras, contribuindo para a melhoria das comunicações no país.

Com a proclamação da República, em 1889, a estação passou a ser administrada pelo novo governo. Ela continuou em funcionamento por vários anos, até ser desativada no início do século XX, quando novas tecnologias de comunicação começaram a surgir. Hoje em dia, não restam vestígios da estação telegráfica no local onde ela se encontrava.

O que aconteceu em julho de 1889?

pesquisador e historiador Roberto Michetti Moreira está escrevendo um livro sobre a vida de Dom Pedro II, contada em primeira pessoa, mas baseada em fatos verídicos. Roberto aceitou gentilmente compartilhar conosco o trecho sobre o evento que nos interessa aqui:

Se é que posso chamar aquilo de atentado, ou, simplesmente, de uma atitude intempestiva e inconsequente. Mas enfim, o dia eu lembro muito bem. Era um domingo, 14 de julho de 1889. No centenário da Queda da Bastilha.

Na ocasião, fui ao Teatro de Sant´Anna, na companhia de meu neto Pedro Augusto, minha filha Isabel e Teresa, que além da peça de Molière, Escola de Maridos, queria prestigiar sua conterrânea napolitana, a pequena concertista de violino, Giuletta Dionesi.

Até ali tudo bem. O problema mesmo foi na saída. Era por volta da meia noite. Estávamos no saguão quando, em meio aos gritos de vivas a república, iniciou-se um tumulto geral. Após adentrar no coche e, seguir em direção ao paço da cidade, fomos alvejados exatamente em frente ao badalado restaurante Maison Modérne. 

Por pouco não pegou em meu neto e, graças ao bom pai, ninguém foi atingido. Sinceramente, por aquela não esperava. Ao longo de meu reinado, jamais sucedera algo do tipo. Mas enfim, o autor dos disparos conseguiu fugir e, em meio as buscas acabou sendo capturado e preso. Era um jovem português. Se não me falha a memória, um tal Adriano Augusto do Valle.

Pouco conhecido do público, esse evento poderia ter sido trágico para Dom Pedro II e o Brasil, o que torna esse telegrama um peça muito interessante.


 

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