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Carta manuscrita de Ronnie Biggs (1995)

Carta manuscrita de Ronnie Biggs (1995)

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Em 1995, o famoso fugitivo britânico Ronnie Biggs escreve uma carta incrível do Rio de Janeiro.

Carta manuscrita do Ronnie Biggs para Garry King. Uma página. Em inglês. 21 cm x 29.5 cm. Rio de Janeiro, o 9 de outubro de 1995. Excelente estado. Peça única.

Caro G. King,

Obrigado pela sua carta,
e também obrigado pelos jornais.
A maioria dos jornais me deprime, mas gosto
de fazer as palavras-cruzadas !

A razão pela qual entrei no Roubo de Trem
foi o desejo de colocar minhas mãos em
muito dinheiro ! Imaginei que
poderia resolver todos os meus problemas financeiros
e conquistar a boa vida, mas as coisas
não saíram exatamente como planejado !

De qualquer forma, boa sorte com seu projeto
e sempre se lembre que o Crime
não (e nunca !) compensa !

Com os melhores votos,
Ronnie Biggs. Rio, 1995.

Ronnie Biggs (1929 - 2013) é um famoso criminoso inglês que participou, em 1963, do "golpe do século" ou "Great Train Robbery", o ataque audacioso a um trem postal inglês que transportava 125 sacos de dinheiro no valor total de 2,6 milhões de libras da época, o equivalente a cerca de 150 milhões de reais hoje em dia. A maioria dos membros da banda foi presa, e Biggs foi condenado a 30 anos de prisão e apenas uma parte do dinheiro foi encontrada.

Depois de 15 meses de detenção, ele conseguiu escapar da prisão usando uma escada feita de cordas. Ele fugiu para Paris, onde fez cirurgia plástica para mudar seu rosto e adquirir uma nova identidade. Mais tarde, em 1970, mudou-se para Austrália, mas foi reconhecido por um jornalista e deixou a Austrália em direção ao Brasil, deixando para trás sua esposa e seus dois filhos.

Quase sem dinheiro no Rio de Janeiro, sem visto de trabalho e obrigado a ir duas vezes por semana à polícia, Ronnie Biggs começou a vender sua história para entrevistas e turistas. Aproveitando as leis do Brasil, que proibiam a extradição para a Inglaterra de um estrangeiro pai de um filho brasileiro, por 40 anos Biggs levou, sem constrangimento, uma vida pública no Brasil. Além disso, fez várias visitas à Inglaterra, sob uma falsa identidade, para as filmagens de um documentário sobre o Grande Roubo do Trem. Ronnie Biggs viveu em Santa Teresa, um bairro boêmio do Rio de Janeiro, em uma casa piscina e vista para a cidade, onde ele organizou inúmeras festas.

A personalidade de Biggs era muito polêmica : alguns admiravam sua audácia pelo roubo, a fuga da prisão e os 36 anos foragido, desafiando as autoridades e vivendo livre no Brasil. Outros detestavam sua atitude de bandido zombando da lei e lembravam que Jack Mills, o maquinista, que tinha sido espancado com uma barra de ferro, nunca se recuperou totalmente e morreu de leucemia sete anos depois.

Apesar de se tratar de uma carta escrita por um fugitivo escondido no Brasil, a História de Biggs e o conteúdo particularmente relevante desta carta - em forma de confissão - fazem dela uma peça de coleção única e, talvez, um ato educativo ? De fato, Ronnie Biggs explica porque ele participou do roubo - "para colocar as mãos em muito dinheiro e resolver seus problemas financeiros" - porém demostra também, claramente, arrependimento dizendo para G. King : "sempre lembra que o crime não compensa (e nunca vai compensar)". 

A carta se encontra em excelente estado, com uma bela escrita e a associação Ronnie Biggs x Garry King acrescenta valor ao documento. Garry King, o destinatário desta carta, é um renomado colecionador britânico de documentos manuscritos que conhecia Biggs pessoalmente. Elemento interessante adicional, o endereço que Ronnie Biggs escreveu, mesmo foragido, no canto superior direito da carta, em Santa Teresa onde ele se viveu até 2001, quando decidiu voltar à Inglaterra, onde foi preso e terminou sua vida.

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